A maçã não tinha rótulo
(se a Branca de Neve soubesse…)
Será que sabemos sempre o que estamos a comer? A produção alimentar é cada vez mais industrializada e quando o produto chega ao consumidor é muito difícil identificar qual a sua origem e quais os ingredientes entretanto introduzidos. A lei obriga a que a rotulagem seja explícita e legível, mas será que podemos sempre confiar no rótulo? A realidade diz-nos que nem sempre…
Um dos pontos a que a rotulagem obriga é a inclusão da lista de aditivos, isto é, das substâncias adicionadas aos alimentos, não só para prolongar a sua conservação, mas também para os tornar mais atraentes e… por vezes, para disfarçar a falta de matéria prima! Acreditamos que um refrigerante é sumo? Devíamos saber que nalguns casos pode ter uma percentagem muito pequena … ou até pode nem ter nenhum de sumo de fruta. Mesmo o pão é, a maior parte das vezes, proveniente de espécies geneticamente modificadas, além de conter aditivos.
Outras vezes as embalagens, que não são desenhados ao acaso e têm uma componente altamente publicitária, incluem designações comerciais que podem ser enganadoras, como “ Criado na Quinta” , “ Natural “… Estamos a falar de alimentos, porque noutros campos do comércio e indústria, sabemos que, por exemplo, tudo que inclua slogans como “ Amigo do Ambiente “, “ Verde “, “ Ecológico”, vende muito melhor. Não queremos com isto dizer que desconfiemos de tudo o que, como agora tanto se diz, seja “ biológico” ou que pensemos que tudo o que comemos é geneticamente modificado, e por isso prejudicial à saúde.
A segurança alimentar, com tudo o que a mesma implica, é um dos temas que ocupa a ordem do dia, não só numa perspectiva alimentar, mas também em termos de protecção ambiental. Vimos, há uns tempos, na televisão, imagens da destruição de um campo de milho transgénico perto de Silves. Assistimos a toda a polémica que isso originou. O que são organismos geneticamente modificados? A resposta implicaria considerações e conhecimentos científicos algo complexos. Dir-se-á que é “ qualquer organismo cujo material genético tenha sido modificado de uma forma que não ocorre naturalmente por comportamento e/ou recombinação natural”.
Vamos pegar no referido folheto da DECO que traça uma síntese histórica desta questão. A agricultura foi introduzida pelo Homem, há cerca de dez mil anos. Só no princípio do século XX surgiram os primeiros híbridos, resultantes de cruzamentos dentro da mesma espécie -cães de raças diferentes - ou espécies semelhantes ( cavalo e burro). A partir de 1945 desenvolve-se a indústria agro-alimentar e hoje a grande maioria dos produtos alimentares consumidos nos países desenvolvidos são produtos transformados. Em 1983 criam-se a s primeiras plantas com genes de outras espécies - os transgénicos- com o fim de resistir a pragas e a pesticidas e aumentar substancialmente a produção.
Actualmente, muitos dos nossos alimentos são geneticamente modificados na sua totalidade. Outros podem conter apenas um ingrediente que é OGM (por exemplo, cereais de pequeno-almoço produzidos com milho geneticamente modificado). Outros alimentos são produzido com um OGM, mas este já não é detectável no produto final (por exemplo, óleo de soja). Mas, confiemos na obrigatoriedade da rotulagem de alimentos que contenham mais do que 1% de OGM…
A polémica é grande. Admite-se, mesmo na comunidade científica, que ainda não se conhecem com segurança os efeitos das técnicas génicas na saúde humana e no ambiente. E há uma questão que nos deve fazer pensar: se a selecção das espécies se processou ao longo de milhares de anos, não será arriscado, em pouco mais de vinte anos, transformar agora a natureza na sua matéria mais íntima?
Conscientes destes problemas, assiste-se a um interesse crescente dos cidadãos pelos problemas da segurança alimentar e pelas questões ambientais, o que tem contribuído para o desenvolvimento da agricultura biológica. A agricultura biológica é um modo de produção agrícola que não agride o meio ambiente nem a biodiversidade, acautelando aspectos como a fertilidade e a actividade biológica dos solos , a luta contra os parasitas, as doenças e as infestantes, a preservação e incremento de raças autóctones ( por exemplo a raça bovina de Jarmelo- Guarda, salva da extinção) a utilizaçaõ de medicamentos veterinários adequados, enfim, cumprindo um conjunto vasto de procedimentos previstos na legislação, de modo a evitar que se coma por aí gato por lebre.
Ora, no sentido de divulgar a seriedade de todo este movimento, vai realizar-se de
A maçã não tinha rótulo…agora tem! Há “ rótulos” , há conferências mundiais, há informação. Agora sabemos os riscos que corremos…Mas irá a Humanidade livrar-se , não dum sono profundo, como aconteceu com a Branca de Neve, mas do colapso total, incluindo a extinção da própria espécie humana, como nos veio agora relembrar o Relatório das Nações Unidas - Geo4 ?
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